Quatro estados brasileiros e o Distrito Federal gastaram R$ 7,7 bilhões no combate ao tráfico de drogas no ano ado. Apesar do custo bilionário, não houve resultado prático na diminuição dos eventos de criminalidade. A conclusão está em um relatório divulgado nesta terça-feira (10/12) pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC).
O estudo foi realizado como parte do projeto "Drogas: Quanto Custa Proibir", do CESeC, e levantou informações na Bahia, no Distrito Federal, no Pará, no Rio de Janeiro, em Santa Catarina e em São Paulo.
Para os pesquisadores, esse investimento bilionário sequer garantiu a redução nos índices de criminalidade no país. Ano após ano, mesmo com operações policiais cada vez mais violentas, não se alcança o objetivo de reduzir a circulação de drogas nem o consumo. O relatório aponta que vários crimes correlacionados continuam a aumentar, como roubos, furtos, homicídios, além de uma letalidade policial sempre muito alta.
O levantamento também evidencia que todo esse dinheiro gasto na "guerra às drogas" poderia surtir mais efeito se fosse investido em saúde e educação. Com esse valor de R$ 7,7 bilhões seria possível construir quase mil escolas em todo o Brasil e manter, durante um ano, o funcionamento de 400 UPAs.
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