Em dois casos idênticos no Rio de Janeiro, na mesma semana, uma mulher e um homem ficaram presos, cada um por três dias, depois de serem confundidos com outras pessoas. Os episódios chamam a atenção para a fragilidade dos sistemas de identificação da polícia e da justiça.
A diarista Débora Cristina da Silva Damasceno foi presa em Petrópolis, confundida com uma foragida da justiça de Minas Gerais, acusada de tráfico de drogas. O que as duas têm em comum é um nome parecido, mas a verdadeira foragida é oito anos mais nova.
Já o merendeiro Alex Santos do Rosário, morador do Complexo do Lins, no Rio de Janeiro, foi confundido com um foragido da justiça da Bahia. O que eles têm em comum são os mesmos nomes e sobrenomes, mas em ordens diferentes. Nos dois casos em questão, chama a atenção o fato de as duas vítimas do erro da justiça serem pessoas negras.
Para evitar situações como essas, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estuda utilizar biometria para confirmar a identidade de presos. O projeto ainda está em estudo interno do CNJ, que caminha em paralelo com outras possíveis medidas voltadas para a verificação mais eficiente da identidade de indivíduos sujeitos a medidas restritivas de liberdade.
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