Na Faixa de Gaza, bombardeios israelenses mataram mais de 40 pessoas. Em um discurso no Conselho de Segurança da ONU, o embaixador da Palestina chorou ao falar sobre a morte de crianças. A fome se agrava na região. Uma multidão invadiu um centro de distribuição de alimentos da ONU. Várias pessoas ficaram feridas.
Milhares de palestinos famintos saquearam um armazém localizado na cidade de Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza. Segundo a ONU, há suspeita de duas mortes e diversos feridos no tumulto. A fome atinge níveis alarmantes em Gaza após um ano e meio de guerra e um bloqueio total de ajuda humanitária por quase três meses, impostos por Israel. O bloqueio foi suspenso na semana ada, com a entrega de alimentos sendo feita por uma empresa privada norte-americana, sob tutela de Israel. Na quarta-feira (28), um outro tumulto durante a distribuição de alimentos já deixou um palestino morto e 48 feridos.
Em meio ao agravamento da situação humanitária, países como o Reino Unido, a França, a Alemanha e o Canadá têm aumentado a pressão e as críticas sobre o tratamento de Israel aos palestinos, na guerra que trava contra o Hamas.
Ontem, durante um discurso no Conselho de Segurança da ONU, o embaixador da Palestina, Riyad Mansour, chorou ao falar sobre a morte de crianças na Faixa de Gaza.
“Milhares de crianças estão morrendo de fome. As imagens de mães abraçando seus corpos imóveis, acariciando seus cabelos, conversando com elas, pedindo desculpas... É inável... como alguém pode? (choro) Com licença, senhor presidente, eu tenho netos. Eu sei o que eles significam para suas famílias. E ver essa situação, como os palestinos... sem que tenhamos coração para fazer algo... está além da capacidade normal de qualquer ser humano normal de tolerar.”
Segundo Mansour, mais de 1.300 crianças palestinas foram mortas e cerca de 4.000 ficaram feridas desde que Israel retomou as operações militares em Gaza, após o colapso do cessar-fogo em março.
No dia 7 de outubro de 2023, quando combatentes do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251, segundo contagem do governo de Israel. Até o momento, os ataques do exército israelense já mataram mais de 54.000 palestinos na Faixa de Gaza, a maioria mulheres e crianças.
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