O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a instauração de um novo inquérito contra a deputada federal Carla Zambelli, do PL de São Paulo, para apurar suposta coação no curso do processo no qual ela foi condenada. A ação vem após a divulgação de informações de que a parlamentar teria saído do país. O ministro ordenou o bloqueio das contas bancárias de Zambelli e que a Polícia Federal monitore o histórico das redes sociais ligadas à deputada.
Carla Zambelli foi condenada a dez anos de prisão e perda do mandato em maio pelo Supremo Tribunal Federal, por ter fraudado o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com a ajuda do hacker Walter Delgatti Neto. Nessa quarta-feira (4/6), a PF pediu à Interpol a inclusão do nome da deputada no alerta internacional para localizar pessoas procuradas pela justiça. A Interpol é uma organização internacional que reúne 196 países em cooperação no trabalho policial. Estar na lista de procurados da Interpol significa que a pessoa está sujeita a ser presa em qualquer dos países que participam do mecanismo internacional. Por estar nessa rede, os países que fazem parte devem auxiliar nessa captura.
Ainda não se sabe em qual país a deputada Carla Zambella está no momento. As duas principais hipóteses são que ela teria ido para os Estados Unidos, por ter proximidade ideológica com o governo de Donald Trump, ou na Itália, por ter dupla cidadania. Carla Zambelli responde ainda a outro processo no STF por ter perseguido um homem com uma arma de fogo na mão na região central de São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.
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