Nesta terça-feira (11) , o ex-presidente Jair Bolsonaro foi interrogado no Supremo Tribunal Federal (STF). Além dele, a primeira turma do STF ouviu outros sete réus que fazem parte do chamado núcleo crucial da tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente negou a existência de um plano de ruptura da ordem democrática no país, mas itiu que houve discussões sobre o que podia ser feito para questionar o resultado das eleições de 2022.
Essa é uma das últimas fases da ação penal. Foram ouvidos Almir Garnier, Anderson Torres e general Augusto Heleno, que usou o direito de ficar calado e só respondeu às perguntas do próprio advogado. Em seguida, no período da tarde, o STF ouviu Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e de Jair Bolsonaro, o mais esperado, já que ele é apontado na denúncia como o líder de uma organização criminosa que planejou o golpe de Estado.
Frente a frente com Moraes, o ex-presidente negou as acusações e disse que não havia um clima para dar um golpe. Mas insistiu no discurso de que as urnas eletrônicas são vulneráveis. Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, uma das estratégias dos golpistas era descredibilizar as urnas, mesmo sem provas de fraudes, para justificar uma ruptura institucional. Quando Moraes, lembrou que Bolsonaro acusou os ministros de receberem dinheiro para interferir nas eleições, o ex-presidente disse que se tratava de um desabafo sem provas e pediu desculpas.
Pela primeira vez, o interrogatório no STF foi transmitido ao vivo. Muitos esperavam um embate entre Moraes e Bolsonaro, o que não aconteceu até porque a sessão foi um espaço para que os réus pudessem falar livremente sobre as suas versões dos fatos e houve espaço até para momentos curiosos.
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