Nicolás Maduro assumiu, nesta sexta-feira (10), o terceiro mandato como presidente da Venezuela, e a posse dele aconteceu em meio a um cenário de tensão política no país, com protestos e acusações de violência contra opositores. Hoje, o que se viu na capital Caracas foram ruas vazias e reforços na segurança na Praça Bolívar, ao lado da Assembleia Nacional, onde aconteceu a posse de Maduro. Apoiadores acompanharam a chegada e saída dele da cerimônia e celebraram.
Ontem (9), o cenário era bem diferente, quando a oposição fez protestos contra a posse de Nicolás Maduro. Maria Corina Machado, o principal líder da oposição, participou dos atos e pediu que Edmundo González assumisse o lugar de Maduro. Após as manifestações, a notícia da prisão de Corina, libertada logo depois, deu ainda mais dramaticidade ao momento político da Venezuela.
Hoje, em um vídeo publicado nas redes sociais, Maria Corina disse que a posse de Maduro o consolidou como um golpe de Estado diante dos venezuelanos e do mundo. "Decidiram cruzar a linha vermelha, fiscalizando a violação da Constituição Nacional, pisoteiam a nossa Constituição", afirmou. A oposição contesta a eleição de Maduro, já empossado, e disse que os resultados das urnas mostraram uma vitória esmagadora do candidato Edmundo González . Ele, González, foi reconhecido como presidente eleito por vários países, inclusive os Estados Unidos. Observadores internacionais rejeitaram o resultado da votação.
Nos meses seguintes à eleição de Maduro, o que aconteceu em julho de 2024, González fugiu para a Espanha e Maria Corina Machado se escondeu dentro da Venezuela. Ao mesmo tempo, figuras importantes da oposição e também manifestantes foram presos.
Esta semana, Edmundo González fez uma peregrinação pelas Américas e prometia retornar à Venezuela para assumir o cargo de presidente. O governo acusa a oposição de conspirações fascistas e disse que González será preso se voltar ao país. A Venezuela oferece uma recompensa de 100 mil dólares por informações que levem à sua captura.
Com tantas tensões e questionamentos, hoje Nicolás Maduro teve uma cerimônia de posse esvaziada, com poucos chefes de Estado. O Brasil enviou a embaixadora Glivânia Maria de Oliveira como representante.
Novas sanções 3p4d2m
Hoje, vários países anunciaram novas sanções à Venezuela. A União Europeia aumentou o número de funcionários do governo venezuelano sujeitos a restrições, como, por exemplo, o congelamento de ativos e a proibição de viagens à Europa. Os Estados Unidos anunciaram sanções a oito autoridades venezuelanas de agências econômicas e de segurança. Canadá e Reino Unido também decidiram impor restrições a pessoas ligadas ao governo Maduro, que, segundo essas nações, violaram os direitos humanos.
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