Nas últimas semanas, o Brics voltou a ser notícia por causa das ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de interromper o comércio com os países membros do grupo. Mas você sabe o que é Brics? O Repórter Brasil explica.
Brasil, Rússia, Índia e China. O que esses países têm em comum? Segundo um artigo escrito em 2001, os quatro gigantes em território e população tinham também características socioeconômicas parecidas. Todos eram, naquele momento, países em desenvolvimento e tinham potencial para investimento e crescimento futuro. A ideia de uma integração, porém, só se concretizou oito anos depois, em 2009. Dois anos depois, o quinto membro foi aceito: a África do Sul, adicionando mais uma letra à sigla, que virou Brics.
Os países do Brics trabalham para alterar a governança global, com reformas em instituições como a ONU e o FMI, para dar mais representatividade aos países emergentes. Na economia, o Brics atua para diminuir a influência do dólar no comércio internacional. Em 2014, o grupo criou o Novo Banco de Desenvolvimento, uma alternativa ao Banco Mundial, para financiar projetos nos países membros e em outras economias em desenvolvimento.
Em 2024, cinco países se juntaram ao grupo. Em janeiro deste ano, foi a vez da Indonésia. O grupo conta ainda com nove países na condição de parceiros. Com as novas adesões, o Brics vai concentrar 40% da população global, 37% do PIB mundial e 26% de todo o comércio internacional.
Este ano, o Brasil assume, pela quarta vez, a presidência rotativa do Brics. Entre as metas estão o fortalecimento do grupo, o estímulo a projetos de saúde em países do Sul Global e também o enfrentamento às mudanças climáticas. Outro objetivo é facilitar o comércio entre os países membros, oferecendo como alternativa o uso das moedas locais de cada país, como o real brasileiro, o yuan chinês e o rublo russo, em transações comerciais.
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