Entregadores de aplicativos de várias cidades do país paralisaram suas atividades hoje (31), e a greve seguirá até amanhã (1º) à meia-noite. Os trabalhadores reivindicam melhores condições de trabalho.
Nádio Pereira, que atua na área há dois anos, destacou que, ao se cadastrar, a promessa era de autonomia e independência financeira. No entanto, essa autonomia é questionada, já que, ao recusar um ou mais pedidos, os entregadores podem ser bloqueados por 15 minutos, o que prejudica sua capacidade de ganhar dinheiro.
Com a paralisação nacional, os entregadores exigem uma taxa mínima de R$ 10,00 por corrida, um reajuste do valor recebido por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50, o recebimento da taxa integral por entrega e um limite de 3 km para entregas feitas por bicicletas.
A associação que representa as empresas de delivery afirmou apoiar a regulação do trabalho dos entregadores, visando a proteção social da categoria, e que mantém um diálogo contínuo com os trabalhadores. No entanto, lideranças dos entregadores negam que haja um diálogo efetivo, afirmando que a situação dos trabalhadores está precarizada e que eles precisam ser reconhecidos como trabalhadores, com uma remuneração digna.
Segundo a associação das empresas responsáveis pelos aplicativos, existem mais de 450 mil entregadores de aplicativos em todo o Brasil.
Na Grande São Paulo, a manifestação teve início em Barueri, cidade que concentra a sede de várias empresas de delivery, e depois seguiu para a capital paulista.
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