A justiça do Rio de Janeiro condenou dois homens pela morte do congolês Moïse Kabagambe, que foi espancado até a morte em janeiro de 2022. Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca recebeu uma pena de 23 anos, 7 meses e 10 dias, enquanto Fábio Pirineus da Silva foi condenado a 19 anos, 6 meses e 20 dias. Ambos foram considerados culpados por homicídio triplamente qualificado, com as qualificadoras de motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, e deverão cumprir suas penas em regime fechado.
Moïse foi agredido com socos, pauladas e chutes por Fábio e Aleson após uma discussão em um quiosque na Barra da Tijuca, onde prestava serviços. O incidente ocorreu no dia 24 de janeiro de 2022, quando ele cobrava o pagamento de diárias atrasadas. Durante a agressão, Moïse foi derrubado e imobilizado por outro acusado, Brendon Alexander Luz da Silva, que ainda não foi julgado. O crime foi registrado por câmeras de segurança do quiosque.
Após dois dias de julgamento, o juiz Thiago Portes, ao proferir a sentença, destacou a tragédia de Moïse ter sido morto em um país onde ele e sua família buscavam apoio e abrigo após fugirem da guerra na República Democrática do Congo.
A defesa dos condenados anunciou que irá recorrer da sentença, enquanto o Ministério Público informou que pretende solicitar o aumento das penas.
A família de Moisés acompanhou o julgamento e expressou alívio com a decisão. Um membro da família afirmou que o Brasil inteiro viu a covardia com que ele foi assassinado, ressaltando a importância da justiça neste caso.
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