Uma menina de apenas 3 anos, chamada Maitê, foi vítima de discriminação racial em uma creche conveniada com a prefeitura do Rio de Janeiro. A denúncia foi feita pela mãe, Ahyla Campelo, que relatou a negligência da escola em lidar com a situação. Em um áudio enviado a uma amiga, ela expressou sua tristeza ao descobrir que a filha estava sofrendo discriminação por ser negra.
Maitê começou a fazer pedidos estranhos à mãe, como querer prender os cabelos para não ser chamada de "feia" por suas amigas. A mãe ficou alarmada ao ouvir a filha dizer que as crianças poderiam falar que seu cabelo era "duro". O caso, segundo relatos, já ocorria há algum tempo, e a mãe pediu à escola que realizasse uma campanha educativa contra o racismo.
A creche, em resposta, começou a fazer publicações promovendo a igualdade e afirmando que a cor da pele não define o valor de uma pessoa. Em nota, a instituição repudiou toda forma de discriminação e racismo, reafirmando seu compromisso de orientar e apoiar as famílias na formação de cidadãos conscientes e respeitosos.
No entanto, para o professor da UFRJ Renato Ferreira, especialista em relações raciais e políticas públicas, as medidas tomadas pela escola ainda são insatisfatórias. Ele destacou que a primeira ação deve ser ouvir todos os envolvidos e criar atividades preventivas para resolver a situação.
A família de Maitê decidiu denunciar a escola por negligência, afirmando que não houve qualquer notificação sobre os episódios de discriminação. A mãe expressou sua indignação ao saber que sua filha estava ando por isso sem que ela tivesse conhecimento, considerando essa omissão a maior forma de negligência que a escola poderia ter cometido, pois a impediu de proteger sua filha.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro disse que está apurando o caso junto à creche.
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