O Repórter Brasil Tarde preparou uma linha do tempo com alguns dos pontos mais importantes que embasaram a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas pela tentativa de golpe de estado em 2022.
Bolsonaro fez as primeiras declarações de cunho golpista ainda em 2020 e as repetiu nas comemorações do 7 de setembro de 2021. Falando a apoiadores na Avenida Paulista, ele pregou desobediência a decisões judiciais e disse que só morto deixaria o governo. Em junho de 2022 voltou ao ataque, desta vez em reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, quando renovou desconfianças em relação à segurança das urnas eletrônicas, que ele desacreditou desde antes de ser eleito, em 2018. Ele disse que só perderia as eleições de 2022 se houvesse fraude. Por essa reunião e as declarações, Bolsonaro foi declarado inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral. O TSE entendeu que houve abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Em dezembro de 2022, bolsonaristas radicais bloquearam ruas em Brasília, tentaram invadir a sede da Polícia Federal, incendiaram carros e ônibus e entraram em confronto com a polícia. Foi uma reação à decisão do STF que determinou a prisão de um apoiador de Bolsonaro por participação em atos antidemocráticos.
A trama golpista chegou ao auge em 2023, com os acampamentos antidemocráticos em frente aos quartéis. Em seguida, o país acompanhou, estarrecido, a invasão e depredação das sedes dos três poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro. O objetivo seria forçar uma intervenção militar. Mais de duas mil pessoas que participaram dos atos foram presas em flagrante. Dessas, 1.397 tiveram a prisão convertida para preventiva. E 371 foram condenadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Em novembro de 2024 o ex-presidente e 36 pessoas ligadas a ele, inclusive militares da ativa e da reserva, foram indiciados pela Polícia Federal por golpe de estado, abolição violenta do estado democrático de direito e organização criminosa armada. Trata-se da denúncia agora aceita pela PGR.
Antes disso, Bolsonaro havia sido indiciado por participar do esquema que fraudou cartões de vacinação contra a covid-19 e por desvio de joias dadas à presidência pelo governo da Arábia Saudita.
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